Exposição

Artistas expositores

Andréa Campos de Sá

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Cecília Mori

Título da obra

“As Caprichosas Linhas de Juras Engomadas”, 2015

Resumo

As caprichosas linhas visíveis na obra são formadas pela sombra das estrelas de abraçadeiras (as juras) projetadas na parede ao mesmo tempo em que algumas são anuladas pela reflexão da luz dos espelhos instalados.

Assim, a fisicalidade e os limites da obra são postos em questão a partir das relações pictóricas que os materiais elencados (abraçadeiras, gomas e espelhos) estabelecem com o espaço expositivo pela opacidade, translucidez e capacidade de refração intrínsecos fazendo das linhas, caprichosas, enganosas linhas.

A tensão entre pares ambivalentes como o industrial e o orgânico, o real e o fictício, a forma e o informe, a luz e a sombra é objeto de pesquisa poética desde 2003, que recentemente centraliza essas questões na proposta da mentira como verdade poética, tese defendida em poéticas contemporâneas em março de 2015.

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Elder Rocha

Título

Pinturas (sem título)

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Elyeser Szturm

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Iracema Barbosa

Título

Geometria das águas,  2000-2009, vídeo-instalação sonora

Resumo

Geometria das águas surgiu de uma série de desenhos em nanquim, realizados em 2000, no momento da instalação do meu ateliê em Paris, situado em frente do bois de Vincennes. Por uma série de circunstâncias este trabalho permaneceu inédito. Parece mesmo que estava destinado a ser mostrado pela primeira vez aqui em Brasília, no início do período das chuvas, exatamente um ano depois da minha chegada a esta cidade, que amo já há mais de 50 anos.

As imagens que constituem este vídeo são fragmentos de desenhos, tratados como imagens de avião ou de satélite, sem critério composicional. A confecção deste vídeo é comparável a uma visão estereoscópica, onde a associação de duas fotos dá a impressão de profundidade, e no video dá a sensação de movimento.

A escolha das imagens foi guiada pelos detalhes dos gestos inconscientes que escaparam à minha percepção enquanto fazia os desenhos originais. Somente este olhar ampliado sobre os detalhes poderia reconstituir a anatomia do trabalho : do nanquim, que escolhe seus próprios caminhos sobre o papel, da trama do suporte, do papel coreano e dos gestos interrompidos. Geometria das águas é uma espécie de desenho animado que tem uma narrativa, pois uma coisa sai da outra, evidenciando um tipo de enredo que trata de uma geometria sublime produzida pelas águas, de uma geometria vital e orgânica.

Este trabalho se constrói através da repetição de elementos semelhantes, como tantos outros que venho realizando no ateliê nos últimos anos, por procedimentos que nos são dados, dentre outras coisas, pela máquinas e pelas novas tecnologias, evidenciando minha profunda ligação com a vida, com a pintura, e também com o cinema.

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Karina Dias

Título

Lago, 2015: Vídeo-projeção, 3’ sonora

Resumo

Lago é uma vídeo-projeção em que vemos um lago frente a uma margem montanhosa encoberta por uma espessa bruma. A água parece dominar toda a cena e sua coloração varia em função do vento (que escutamos) e do movimento das nuvens que encobrem o sol. Entre o que vemos e o que não vemos configura-se uma paisagem composta de luz e sombra, de movimentos incessantes e de um horizonte imóvel.

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Lisa Minari Hargreaves

Título

OLHANDO E PERFORMANDO DO LIXO PARA MESA: Catadores Gastronômicos em Ação

Resumo

O posicionamento ético e político da Eat Art no ARTIVISMO torna as ações voltadas para o universo alimentar momento importante para uma reflexão criativa e sustentável que invade também o espaço das galerias e dos ambientes acadêmicos. O Acontecimento Alimentar Performático promovido pelos catadores gastronômicos criativos passa pela captação de alimentos descartados e jogados fora em feiras e mercados e prevê a elaboração artística/gastronômica de pratos criativos e sua distribuição comunitária como ação dentro e fora da galeria.  Catar gastronomicamente é uma busca paciente e estranha compartilhada com os catadores e os moradores das ruas que utilizam as sobras como meio de sobrevivência individual e coletiva. Neste contexto, O imprevisto e o inesperado também fazem parte do acontecimento já que o encontrado não segue uma programação previa guiada pelo desejo do catador e do consumidor. Olhar, catar, cozinhar e compartilhar a ingestão da comida torna-se assim, um ato ético e afetivo que prevê a troca do elemento vital de subsistência e de seu significado emocional, simbólico e poético trazido para o espaço das artes. O trabalho visa, desta maneira, a estimular uma reflexão prática e teórica sobre a conscientização sensível voltada para o reaproveitamento performático e a educação ética alimentar criativa.

Performance

(abertura da exposição) durante a abertura da exposição serão distribuídos alimentos (pão, frutas e legumes) coletados do descarte e posteriormente higienizados, para o público da galeria. Os Catadores Gastronômicos entregarão em saquinhos de papel os alimentos como possibilidade de troca, diálogo e retorno sustentável alimentar. Enquanto acontece a distribuição serão projetadas imagens das coletas das distribuições e das experiências vivenciais inerentes a ação dos Catadores Gastronomicos. Estas imagens permanecerão rodando na galeria até o final da exposição como registro visual. Serão acrescentadas posteriormente, imagens da performance que acontecerá no dia da abertura.

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Luisa Gunther 

Título

Simulação tátil (2012-15)

Resumo

Esta proposta engendra a suspensão de uma expectativa. Composta por uma justaposição de pinturas, articula a possibilidade de imersão em uma amplitude do visível já que o corpo, ele próprio também visível. Já nos informa Merleau-Ponty: “o vidente não se apropria do que vê; apenas se aproxima pelo olhar e se abre para o mundo”.  Aqui, o olhar sente até mesmo aquilo que não vê para além de si mesmo.

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Nelson Fernando Inocêncio da Silva

Título

Preto

Resumo:

Abordagem voltada às diferentes possibilidades de significação do preto naquilo que se refere às artes visuais produzidas no âmbito das culturas ocidentais. Em tal contexto ressalta-se a conexões estabelecidas pelo olhar europeu entre alguns dos significados mencionados e as pessoas de pele escura. A cor preta e suas injunções constituem o tema deste trabalho.

A arte contemporânea tem lidado com questões alusivas às identidades, diferenças, diversidades, alteridades, intolerâncias, fobias, entre outros fenômenos que afetam de forma direta as chamadas minorias ou grupos socialmente vulneráveis. Assim sendo, a obra propõe exercícios visuais que remetam não apenas a questionamentos acerca de determinadas representações visuais em que pese o valor atribuído à cor preta, mas também um debate acerca do uso da cor na construção do imaginário que dá forma e conteúdo ao racismo.

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Nivalda Assunção

Título

Medida: corpo/espaço

Resumo

As imagens cortadas de um espaço não inteiramente representado se  referem a uma arquitetura de um estilo despojado e de uma extrema simplicidade, revestida em mármore de cor natural. Ali, no centro, encontram-se grandes  árvores, sólidas e equidistantes, entre as quais apóio meu corpo como se medisse a distância entre elas.

A medida como instrumento de pesquisa poética é a dimensão que exploro nas duas fotomontagens. Diante delas, nosso olhar se inquieta pela transposição dos lugares, dos deslocamentos simultâneos aqui e lá de maneira ambígua, como uma necessidade de inventar espaços. A dimensão do corpo duplo propõe,  de maneira particular, um estranhamento pela virtualidade e uma inquietação pelo seu poder de repetição.

O contexto poético se transforma em  um ambiente estranho, construído virtualmente pela repetição vertical dos troncos das arvores como pilares orgânicos de sustentação onde  procuro conectá-los por meio do meu próprio corpo. O desejo de me colocar em relação a eles provoca  deslocamentos em vários sentidos, em diagonal, em ângulos, no limite, o tronco das árvores e o tronco do meu corpo gravitando lado a lado.

Conectar e medir simultaneamente meu corpo com esses troncos traduz um desejo intenso de possessão do lugar, para aí garantir meu espaço e certificar a existência temporária e a presença dessas árvores num ambiente singular.

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Roni Ribeiro

Título

Eco_Artificial 1.3

Resumo

No gamearte Eco_Artificial as vidas artificiais interagem entre si a fi ambiente virtual, gerando um ecossistema artificial. Por fim, desse relaciona criaturas que agem dentro do ecossistema artificial podem advir questões so ou fora da realidade virtual ou sobre como as interações entre as temáticas gerar outros questionamentos, dando ao trabalho um caráter aberto.

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Ruth Sousa

Título

Made-up Memories corp ₢: projeto lembranças inventadas

Resumo

Made-Up Memories Corp. é um projeto de artes visuais que adota o formato de uma empresa que se dedica à fabricação de lembranças. Por meio de uma rigorosa metodologia, oferece como produto a evidência de um fato que não necessariamente ocorreu, mas que é indistinguível de qualquer memória já vivida ou uma ainda por acontecer. Os pedidos atendidos pelo projeto resultam em objetos/instalações/fotografias e são acompanhados do relato do próprio pedido, de diário de obra produzido pela empresa sobre o desenvolvimento do trabalho e certificado de autenticidade da lembrança, registrado em cartório de fé pública.

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Tatiana Fernández

Título

History Intervention: a story without an end

Resumo

Na mesa, a caixa de vidro com o livro aberto, mas o público não pode abrir a caixa de vidro. Do lado, um monitor que mostra a primeira página do capítulo 28 da 17a. edição do livro de Gombrich em língua inglesa, que é uma versão digitalizada do livro exposto. O participante pode mover as páginas e ler o seu conteúdo entre as páginas 599 e 637 no monitor, somente se souber ler inglês e tiver interesse. Há muitas coisas que se interpõem entre o potencial leitor/espectador e o livro de história da arte. Mas ele verá que a artista é importante. O trecho em que o livro fica aberto na caixa de vidro poderia despertar o desejo do espectador de ler, estimulado pela curiosidade de saber mais sobre os fatos que se revelam entre as páginas 610 e 611.  Ou poderia, pelo contrário, não lhe interessar. Ou lhe interessar, mas não poder entender o seu conteúdo. No primeiro caso pode sentar na cadeira, ler e sair cheio de perguntas ou de certezas. No segundo caso, se entende que o livro traz certezas e por tanto não é necessário indagar mais. O fato de apresentar a versão em inglês reforça essa percepção.

Se o leitor tem uma leitura atenta, ou, se perceber a numeração das páginas e outros detalhes mais sutis, verá que a página 610 e 611 são páginas inseridas no livro. Isso pode acontecer se o leitor chegar a suspeitar dos fatos que se expõem, pois a página inserida imita a diagramação e a cor das páginas do livro.

O fato de se apresentar a artista Domitila Huanca por meio da História da Arte também pode chamar a atenção do espectador que indaga, por que não é exposta a obra da artista diretamente?  por que o livro é o médio em que aparece? Há muitas indicações de que algo é montado. O capítulo, escrito por Gombrich, é uma revisão de 1995 que reflete sobre o papel do historiador da arte.

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Suzete Venturelli, Edison Pratini, Lucas Fernandes, Rafael Lopes e Isabela Formiga

Título

Jardim

Resumo

Recorrendo a processamentos digitais, a arte computacional, retoma os debates sobre a arte como mimese e simulacro que se transforma no conceito de simulação, pois muitos artistas se interessam por aspectos estéticos envolvendo a natureza artificial, assim como a vida num contexto mais amplo. A proposta Jardim, tangencia essa ideia, e relembra o Jardim Japonês, como poética. A instalação tem como elementos um caixa repleta de areia, com pigamentos de tinta branco para refletir por meio da técnica de realidade mista cores que se modificam e sons que se modificam em função da interação do interagente, que pode modificar o espaço com um galho de árvore seco, em tempo real. A interação provoca sulcos na superfície e sobre a nova formação topológica ocorre as modificações visual e sonora. O software que estamos trabalhando é o de realidade aumentada SandBox, no qual qual modificamos seu código para inserir a parte interativa sonora.

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Suzete Venturelli, Edison Pratini, Isabela Picchi, Lara Campello e Giulia Terraza

Título

Self alado

Resumo

A imagem self foi o ponto de partida desta obra. Como referência consideramos também a ideia de graffiti que permite que o transeunte se junte a imagem se inserindo no cotidiano e na sua história pessoal. A partir destas referências, e considerando o conceito de imagem volátil, que circulam nas redes sociais, foi elaborado uma pintura digital contendo dois elementos que se complementam, o espectador da exposição e asas de pássaro do cerrado, impressas . O espectador se posiciona entre elas e pode fazer seu auto-retrato, passando então a fazer parte da própria obra e levando consigo e par outros, um pouco dela.

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Vicente Martinez

Título

Embrulhos, bagulhos e outras coisas mais

Resumo

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Álvaro Cardoso, Antonio Lucas, Artur Cabral, Camila Antunes, Fernando Piricin, Giulia Terraza, Gustavo Tavares, Isabela Picchi, Isadora Roth, João Stoppa, Karina Santiago, Katalina Leão, Laura Marrtinez, Lara Conde Campello, Laila Beatriz, Lola Tanzi, Luana Lawer, Raissa Studart, Rômulo Barros, Sara, Sâmya Maris, Thiago Dias.

Título

Retina Pinhole Digital

Resumo

Ensaio fotográfico considerando a poética construída em coletivo.

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Artur Cabral

Título

Cronofotografia Computacional

Esse trabalho busca dialogar com a cronofotografia do século XIX, técnica desenvolvida por  Jules Marey-Etiene. Toma por base o estudo do movimento, que consiste em  gravar fases do movimento sobre um suporte fotográfico. Apesar dessa tecnologia visual ter sido desenvolvida para  uso científico suas aplicações no universo artístico foram incontáveis , sobre tudo na influência para o cinema. O diálogo se dá através de uma aplicação interativa  construída por meio de um software de programação com código aberto  Processing ,  onde o computador faz um registro em tempo real  das várias fases do movimento em um única imagem usando o como base a luz capturada  através da uma webcam. Buscando refletir sobre a  dinâmica do movimento através do espaço-tempo  e retomando o a discussão sobre combinação de ciência e tecnologia como técnica artística.

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Performance

 BSBLOrk 
Alex Duarte
Elias Filho
Ramiro Galas
Vitorugo do Caos
Phil Jones